As formigas, o grupo mais popular dentre os insetos, são interessantes porque formam níveis avançados de sociedade, ou seja, a eusocialidade. Todas as formigas, algumas vespas e abelhas, são considerados como insetos eusociais, fazendo parte da ordem Hymenoptera. As formigas estão incluídas em uma única família, Formicidae, com 12.585 espécies descritas até 4 de janeiro de 2010, distribuídas por todas as regiões do planeta, exceto nas regiões polares. As formigas são o gênero animal de maior sucesso na história terrestre, constituindo de 15 a 20% de toda a biomassa animal terrestre. Acredita-se que o surgimento das formigas na Terra deu-se durante o período Cretáceo (há mais de 100 milhões de anos) e pensa-se que elas evoluíram a partir de vespas que tinham aparecido durante o período Jurássico.
Por vezes, confundem-se as térmitas (cupins) com as formigas, mas pertencem a grupos distintos. As formigas distinguem-se dos outros insetos – mas algumas destas características são comuns a alguns tipos de vespas - por apresentarem:
⇒ Uma casta de obreiras sem asas;
⇒ As fêmeas são prognatas (peças bucais no acron);
⇒ Presença de um ‘’saco infrabucal’’ entre o lábio e a hipofaringe;
⇒ Antenas articuladas, com o artículo distal alongado (exceto nas subfamílias Armaniinae e Sphecomyrminae);
⇒ Glândula metapleural nas fêmeas, abrindo na base das patas posteriores;
⇒ O segundo, e em algumas espécies também o terceiro, segmento abdominal formando um “pecíolo” (pouco diferenciado nas Armaniinae);
⇒ As asas anteriores não apresentam nervuras ramificadas;
⇒ A rainha perde as asas depois da cópula, que é realizada em voos de milhares de indivíduos.
As pequenas formigas desenvolvem-se por metamorfoses completas, passando por um estado larvar equivalente à lagarta dos outros insectos e pelo estado de pupa. A larva não tem pernas e é alimentada pelas obreiras por um processo chamado trofalaxia, no qual a obreira regurgita alimentos por ela ingeridos e digeridos. Os adultos também distribuem alimento entre si por este processo. As larvas e pupas precisam de temperatura constante para se desenvolverem e, por isso, são transferidas para câmaras diferentes, de acordo com o seu estágio de desenvolvimento. A [diferenciação] em castas é determinada pelo tipo de alimento que recebem nos diferentes estados larvares e as mudanças morfológicas que caracterizam cada casta aparecem abruptamente.
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